Friday, July 23, 2004

"Calmaria" antes da Tempestade...

“Noite do dia 22 de Novembro e são exatamente 7:30... E eu ainda não acredito que quando concordei em vir para o ‘Necro-hotel’ do Mastroiani (e ainda junto com o Abrantes), eu havia concordado em vir para... Isso! Olha, não sou exigente, mas esse lugar deve ser a divisa com o Inferno Vampírico...
A noite se inicia bem diferente... Um morto-vivo saindo de dentro de uma gaveta do IML... Engraçado, não é? Abrantes se levanta logo em seguida, dizendo que quanto mais cedo falássemos com o Mastroiani, mais cedo conseguiríamos licença para permanecer e recolher informações sem problemas... Bom, era pra isso que eu estava lá! Mas antes, uma ligação do Sr. Sabazio. Ele não sabia do plano, pois ao que eu entendi, parecia que ele e seu mentor estavam com problemas na redação ou entre eles... Ah, vai saber... O que importava era que ele queria saber das decisões tomadas, e se haveria um encontro. Depois de informações devidamente trocadas, pedi para que ele pensasse na hipótese de se tornar membro da Inteligência da OSSA. Infelizmente senti um pouco de descrença por parte dele (e não o condeno), mas ele disse que iríamos conversar depois. Acredito que a posição do Sr. Sabazio nessa bagunça que está Berlim deve afeta-lo, ainda mais quando o assunto se enfoca mais ainda na posição dele nessa equipe. Creio que os sonhos que ele tem, e o alarme da vinda de uma Gehenna devem deixá-lo bem peturbado...
 Abrantes me levou por uma série de salas e corredores, e desde ali comecei a recolher a informação necessária. Com um pouco de esforço, consegui memorizar boa parte da estrutura interna do local, e posição de câmeras de vigilância, entre outros detalhes do local. Mais tarde, eu passaria aquilo para um papel. Vale a pena destacar uma coisa: Abrantes disse que quanto menos objetos eu levasse para lá, menores seriam as chances de problemas. Não sei realmente se ele se referia à Mastroiani, ou ao resto dos vampiros que estavam ali, mas resolvi ouvir o safado, e sendo assim, eu tinha apenas o meu celular, 1 bloco de notas, 1 caneta e 1 passaporte que eu forjei com a galera da OSSA.
Chegando na sala do chefe do local, ficamos ainda uns 10 minutos esperando a boa vontade do cara. Confesso que estava curioso pra saber quem era o tão citado Mastroiani, e minha intuição dizia que ele seguiria o estranho estereotipo da maioria das pessoas que tinham contato ‘firme’ com Abrantes...E não é que eu estava certo!?
O tal Mastroiani entrou no local. Não exagero quando digo que o cara é realmente estranho. Se você já viu algum desenho do Pernalonga, já deve ter visto um médico louco que o persegue. O cara é idêntico, sem distorção! Com direito a corcunda, cara de sádico e jaleco... Onde eu enfiei meu pé...?
Bom, de primeira impressão, fora a fachada ‘médico-monstro’, o cara aparentava ser de quase nenhuma paciência, e muito cogitado. Telefones tocavam mais e mais na mesa dele, mesmo antes de sua chegada. E a relação dele com Abrantes? Bom, no que me passou no pouco que eu vi, era o mais distante possível... Negócios são negócios, e para ele, Abrantes está longe de ser qualquer coisa além de fonte de renda...
Assim que Mastroiani se acomodou, Abrantes tentou iniciar uma conversa, dizendo que eu era conhecido dele, e que precisava de uns dias ali no local. Sem paciência nenhuma, Mastroiani disse para que o Setita saísse da sala, para que a conversa fosse só entre eu e ele. Conversa simples no início, já que ele queria saber quem eu era e por que eu estava ali.
Bom, a história dita a ele foi simples: disse que eu era um neófito, e que a atual crise que arrebatava a Alemanha fez com que eu perdesse a maior parte da minha base econômica. Vindo a Berlim em fuga, e sem saber que a situação aqui estava pior, acabei encontrando com Abrantes, um antigo colega de faculdade, que me deu algum apoio, e me disse que eu poderia passar um tempo no IML.
Devo dizer... O cara não parecia o Einstein, mas era desconfiado. Perguntou-me clã, com o que eu trabalhava, mentor, se eu já havia sido apresentado em alguma Camarilla, entre outras. Fui dizendo desculpa atrás de desculpa, sustentando a ladainha que eu havia tecido até aquele momento. Depois ele me pediu documentos, e eu mostrei apenas o passaporte. Ele olhou com aquela cara de louco e disse: ‘Cadê seus pertences!? Você não tem mais nada!?’ Eu respondi apenas mostrando meu bloco de notas...
Então iniciou a parte complicada da coisa... Ele resolveu verificar a validade do meu passaporte em um computador dele, e as perguntas começaram a ficar mais incessantes, e por fim, ele ainda queria falar com Abrantes. Certamente ele já estava indo mal com a minha cara e se ele terminasse a pesquisa no computador dele, meu disfarce ia para o limbo... Então, pra evitar problemas, eu resolvi usar o mesmo truque que havia usado com Abrantes...
A maior vantagem dessa disciplina é que ela não permite apenas refazer memórias, mas também dá acesso a memória já construída na mente da vítima. Claro, o força desse dom depende do empenho em qual eu coloco, e da resistência por parte da vítima, e por sorte, ou por bom empenho meu, a mente dele estava aberta... Porém, estava mais para um lamaçal...
A mente dele é uma verdadeira névoa de lembranças... Poucas foram as visões bem formadas que eu tive sobre suas memórias... Vi que esse vampiro data de épocas medievais... Vi batalhas... Ele e outros empunhando espadas e cavalgando rumo a direção da batalha... Vi que havia muitos além dele e dos vampiros da tal biblioteca que tinham como dever guardar o tal sangue do Capadócio. Ao que parecia, esse tal sangue já era notícia bombástica entre a ‘civilização não-mortal’ a bem mais tempo do que imaginávamos, e depois de muita bagunça, a procura pelo Sangue diminuiu, porém nunca deixou de existir. Atualmente, parecia que vários outros buscavam adquirir esse Sangue, e que a fim de honrar tal dever, Mastroiani não entregaria fácil...
Infelizmente não tive outras informações concretas... Nada sobre segurança sobre contatos... Obtive certos nomes, e provavelmente eu buscarei sobre eles depois... Provavelmente um deles deve ser mais um dos Tremere envolvido com essa bagunça... Bom, uma das informações importantes foi a de que uma verdadeira guerrilha acontecia nos andares inferiores ao IML... Tive visões esparsas, porém já era o bastante para saber como estava a situação... Provavelmente, os barulhos de explosões e tiroteios que aparecem sempre (e que a polícia não divulga, ou sequer faz força para descobrir) estejam vindo dessa guerrilha...  O melhor de tudo: havia de tudo participando dessa guerrilha... É, isso está ficando cada vez melhor e mais interessante... E tem uma pulga atrás da minha orelha que me faz coçar, cada vez que penso que aquele ataque ao hotel onde foi feita uma das reuniões tem algo haver com essa maldita guerrilha...
Bom, o tempo já estava demasiado gasto, então minha sonda mental deveria parar por ali. Reconstruí nosso recente diálogo, e com o serviço bem feito, ele agora ia bem com a minha cara, acreditava que meu passaporte era legal, e minha estadia estava garantida. Ponto para mim...
Após a conversa, decidi fazer umas ligações. Primeiramente para Tedson, pedindo informações sobre o ‘carregamento’. De acordo com ele, a situação estava preta... Ou seja: burocracia infernal! O cerco contra transporte de armas estava cada vez mais fechado, tanto dentro quanto fora da Alemanha, mas com um bom serviço, estava tudo encaminhado. Ele disse que seria mais seguro transportar o armamento apenas na noite a ser feita a invasão, e assim evitar qualquer problema com as autoridades de Berlim... Os fatos comprovam, e assim não havia porque não concordar. Depois, falamos sobre a reunião na noite seguinte, local e hora. Confesso que notei um tom de alívio nas respostas de Tedson quando confirmei que a operação seria iniciada amanhã... Creio que a paciência dele para ‘tentativas diplomáticas’ já havia se esgotado na primeira reunião... Creio que ele concorda comigo quando eu penso que vias diplomáticas já eram inexistentes...Aproveitando, pedi para que ele fosse até Sabazio, e o colocasse em mais intimidade com armamento...
Depois, o señor Ramirez (com direito a sotaque...). Conversei apenas o básico: sobre Alexandra, a situação dele próprio, planos por parte dele, etc. Por mais uma vez na noite liguei para ele, pedindo para que ele ligasse para Tedson para pedir e passar informações. Creio que ele esteja perguntando o por que (e creio que Tedson já saiba por alto) dessas ligações para ele, e não para Tedson direto. Bom, resumindo tudo em uma palavra: entrosamento. Formamos uma equipe... E cada um de nós tem idéias diferentes... Assim, colocando os membros desse time a se comunicar e compartilhar planos, idéias e opiniões, eles vão aos poucos ganhando cada vez mais um entrosamento de uma equipe que deve ser. Tedson sabe disso... Tuco já não sei, mas ele deve entender um dia... O mesmo para Sabazio...
Ok... Próximo passo: alimentação... Fazia um tempo desde que havia me alimentado, e então era hora de fazê-lo. Ao que notei, havia uma espécie de ‘bar’ no ‘Necro-hotel’ do Mastroiani, e ali, sangue não faltava. Porém devia ser pago um preço... Ótimo... Na tentativa de parecer o mais ‘fudido e mal pago’ possível, não levei dinheiro... É... Eficiência demais dá nisso...
Então resolvi procurar o Abrantes, para saber se ele tinha alguma coisa... E não é que o safado estava tentando sair do IML? Filho da mãe... Ia me deixar ali... No mínimo ele ia ligar no meu celular depois, me mandando pra PQP e dizendo outros nomes, ações e lugares ‘agradáveis’, iguais aquele IML...SETITA VAGABUNDO! Sem hesitar, o peguei pelo pescoço, falando que se ele saísse dali sozinho, era melhor ele pegar o primeiro avião que tivesse saindo para o Taiti... Intimidado, ele ficou calado e quieto...
Bom, o jeito era então sair junto com ele pra caçar um pouco de sangue... E daí a maldita burocracia infernal! Uma fila enorme, cheia de vampiros, cada um mais neurótico que o outro... Aquilo estava parecendo uma taverna medieval de tão mal organizado... Mas algo eu notei: parece que cada um ali se permanece reservado... Cada um se mantém o mais afastado e fechado possível em relação a outro vampiro. Certamente cada um ali sabe que ninguém mede esforços pra conseguir se colocar bem ali, e assim tentam evitar serem vitimados uns pelos outros.
Então a noite passa... O processo para sair daquele inferno levou quase a noite inteira. Novamente, fomos levados por uma ambulância, no mesmo esquema usado para adentrar no hotel. A viagem teve parada final em uma garagem, afastada do centro. Resolvi ligar para a Central de Inteligência da OSSA, e pedir para que minha ligação fosse rastreada, para que eu pudesse ter idéia de onde eu estava. Após conseguir as informações, pedi para que um mapa imobiliário fosse mandado para Tedson, com a localização da ligação. Bom, caso precisássemos de alguma ambulância, ali teríamos uma fácil, fácil...
Por um bom tempo, ficamos eu e Abrantes caçando um mendigo para que pudesse me alimentar. Após um bom tempo de caminhada, voltamos à garagem e reiniciamos a infernal entrada naquele IML... Maldição... Tanto hotel de luxo, tanto restaurante... Loja de conveniências, supermercados... O Mastroiani tinha que ter um hotel no IML... Maldição...
Bom, agora era entrar naquela porcaria fria de gaveta de cadáver e esperar o show de amanhã.  Confesso que estou ansioso para ver Sabazio empunhando armas e Tedson às voltas com seu rifle de longa distância. Vai ser um belo show... E ainda vai haver o show de cortes e lacerações do Ramirez... Belo mesmo... Mesmo que eu tenha meus receios sobre a operação amanhã... Mesmo que eu tenha medo de ver o que é que esta disputando aquele tal Sangue junto com a gente... Eu também estou ansioso...
Mas ficam perguntas... Qual será o desfeche do Abrantes nessa história? Será que eu vou poder usar ele de escudo tático? E fico pensando o que será que Tedson achou de meu pedido... Uma máscara de Zorro! Hahahaha! Espero que gostem da piada! Uhmn... Será que invés da máscara... Um chapéu de toureiro seria melhor? Ou quem sabe a fantasia completa? Com direito a um tocador de fitas tocando ‘Matanza’... Hahahaha!
Ah... Acho que preciso de férias..."
Kurt Wolfgang Von Krauser

Thursday, July 22, 2004

Renascer de um nome...

“Meu nome é Kurt... Kurt Wolfgang Von Krauser... Nascido em Auschwitz, Leste da Alemanha. Quem vive ou viveu na Europa antes dessa crise já deve ter ouvido o nome Von Krauser, ou até lido em livros de história européia. Os Von Krauser datam desde eras medievais na história humana, e por tempos se mantiveram como aristocracia marcante. Alcançando tempos mordernos, a família era dona de um montante absurdo de recursos. Mas digo-lhe que não era essa riqueza que me fazia tão orgulhoso de quem eu era, mas sim o reconhecimento do nome... Os feitos que ecoavam desde uma história antiga sobre o nome Von Krauser. Porém, feitos alheios de qualquer ação minha...
Uma coisa que eu queria desde criança era reconhecimento... Um além do meu batismo. Claro, quando criança a gente procura isso dos pais, com certeza. Mas eu queria isso em todo lugar... Escola, no bairro, cidade... Era um bom ideal, eu pensava, e foi por causa dele que eu tive uma adolescência meio perturbada. Por muito tempo muita gente queria meu crânio em ouro. Achavam-me exibido, com confiança demais em mim mesmo... Até de frio me chamavam, você acredita? Mas eu não me importava...
Como eu disse, minha família teve prestígio... Herdeira de uma boa quantia de dinheiro, antiguidades e imóveis por parte de outras pessoas da família. Porém houve um tempo que simplesmente tivemos aparência, mas o que mantinha ela estava já demasiado escasso... Cada vez mais a família Von Krauser desaparecia, e os poucos restantes cuidavam de se esbanjar com os espólios conquistados das heranças que sobravam... Se esbanjavam ao ponto de dever, ao invés de sobreviver...
Todos meus irmãs e irmãos (éramos 7 no total, 4 irmãos, 3 irmãs) começaram a se mover em pró de reerguer o nome Von Krauser. Meus irmãos mais velhos começaram com acordos, serviços e abertura de negócios empreendedores, aliados com outras pessoas na cidade e estado, enquanto minhas irmãs procuravam outros serviços, como em escritórios, mas até houve casamentos que seriam claramente ‘golpes do baú’. Eu, como irmão mais novo, ainda não estava com renome suficiente para tentar algo realmente forte, e sem falar que as medidas tomadas pelas minhas irmãs me deixavam cada vez mais desanimado ao tentar elevar novamente o nome da minha família. Será que realmente valia fazer isso por uma família que deixava suas filhas casarem com o intuito de golpes? Elas não sabiam que estavam fazendo... Não era possível...
Porém, mais tarde, eu fui descobrindo que meus irmãos enfiaram o pé pelas mãos, mais do que minhas irmãs. Rodolf, o mais velho entre os três, conseguiu criar encrencas com políticos da cidade, enquanto Freiz teve coragem de criar problemas com a máfia alemã. Bom, eu ainda estava estudando, e não podia ajudar, e mesmo que pudesse, meus irmãos eram demasiado orgulhosos para aceitar ajuda. Nesse meio tempo, eu ganhava a bolsa na Faculdade de Auschwitz, depois de muita conversa e serviços para o Reitor. Em 30 de maio de 1972, eu com meus 18 anos, finalmente eu poderia iniciar minha sonhada faculdade de medicina.
Ah, mas nem tudo é perfeito, meu amigo... Depois de dois anos de estudo, os reflexos dos atos de todos começaram a aparecer. Freiz acabou desaparecendo de um dia para outro, e nunca sabemos bem o porque naquele momento. Meu irmão Rodolf criava mais dívidas do que ganhava com seus acordos. Então, os irmãos restantes se reuniram e iniciarm novamente planos para conseguir resolver os problemas que já existiam e os que começavam a surgir: antes, tudo era uma questão econômica, mas agora, já estava causando problemas dentro e fora de casa, interligados com setores importantes da sociedade que estávamos inseridos.
Depois de muito pensar e analisai, resolvi desistir da minha bolsa de estudante. O dinheiro recebido, de acordo com a minha própria mãe, ‘não dava nem para poder pagar a lavanderia dos ternos de roupa’. Eu juro que essas palavras me machucaram muito, mas sabe-se lá porquê, eu me mantive calado e de cabeça baixa. Uma coisa difícil para mim era debater com minha mãe, e em todos os fatores, ela parecia certa... Pelo menos para meus irmãos e tios...
Foi então que, no dia 25 de junho, iniciou-se um recrutamento para a polícia da cidade. Era uma chance interessante, pois um dos melhores empregos em termos de recebimento/preparação profissional era certamente oficial das ruas. A seleção e provas iniciavam dia 24 de julho, e depois de uma série de estudos e preparo físico, e dois dias de conversa com o chefe local da Polícia, eu havia sido aceito como cadete.
Em 2 anos, e como era de tendência da minha pessoa, eu consegui construir uma imagem relativamente interessante dentro do DP. Um ano mais tarde, eu consegui uma boa ligação com o Departamento de Investigação e Perícia, e comecei a fazer visitas freqüentes. Acabei descobrindo ali um ponto em comum de duas coisas que haviam começado a me interessar: medicina e investigação. Em 15 de maio de 1978, eu conversei com o chefe e com os outros responsáveis, e em dois dias, fui nomeado detetive investigador do DP. Claro, não sem o mínimo treinamento.
Por 3 anos, eu dividi meu tempo entre o meu serviço e uma série de estudos que eu havia iniciado dentro do Departamento de Investigação e Perícia. Realmente não era fácil, mas foi gratificante. Como eu ainda fiquei 2 anos como investigador iniciante dentro do Departamento, minha carga horária de serviço era reduzida, e assim foi possível continuar os estudos sem problemas. Porém meu rosto se tornava cada vez mais raro lá em casa, e confesso que não achava ruim, pois para mim minha família estava cada vez mais longe do pilar forte que ela formava...
Aí muita coisa mudou em um ano. Estava eu com 26 anos, e foi no dia 14 de setembro quando fui chamado pelo chefe de polícia, e informado que o Departamento de Polícia Alemã precisava de um bom investigador e com dotes de perito, e que o chefe havia indicado meu nome pelo fato dos serviços prestados. A cidade começava a saturar de oficiais e detetives, e a não ser que eu estivesse disposto a  continuar estudando e acabar sendo dispensado do meu cargo por ‘excesso de contingente’, era melhor eu aceitar a proposta. Meu chefe era um homem sério e áspero, mas não negava as possibilidades e elogios merecidos. Eu gostava dele...
Uma semana depois eu estava na sede do DPA (Departamento de Polícia Alemã), e foi lá onde eu acabei desenvolvendo as habilidades que eu tinha, e aprendendo muito. Em menos de 1 ano, eu havia desvendado 25 casos com tempo médio de 3 semanas, quando esses eram realmente complicados. O que mais chamava atenção dos outros que trabalhavam comigo é que, como eles diziam, ‘eu acabava roubando o trabalho dos peritos’. Por um tempo eu achava que tinha uma boa imagem lá dentro, mas fui descobrindo que essa imagem era limitada...
Dois meses depois, no dia 18 de maio, um homem com o nome estranho se apresentou na sede... Todos o chamavam de Sr. Hasmten, e o tratavam de maneira bem diferente, um tratamento especial, podemos dizer. Eu havia visto ele outras vezes na sede, e até formulara coisas interessantes: o fato de aparecer na sede apenas à noite era o que mais intrigava, mas eu nem pensei nisso muito tempo... Aliás, não houve muito tempo para pensar nisso, de fato.
Ele ficou uma semana na cidade, e nessa uma semana, o chefe de polícia era sempre chamado, todo dia. No fim dessa semana, eu fui convocado pelo chefe do DPA para me encontrar com esse senhor. Depois de uma conversa de 3 horas sobre meus gostos na polícia, e de vários relatórios dele sobre os serviços prestados por mim á polícia e das maneiras como eu usei para investigar e resolver os casos, eu fui convidado a ingressar a OSSA (Organização de Serviço Secreto Alemã).
Por pouco que foi me passado de antemão, a OSSA cuidava de casos estranhos, e era especializada em encobrir casos e situações que não devem ir para o conhecimento do público civil. Serviço interessante, ao meu alcance profissional, e de bom retorno financeiro. Eu aceitei...
Em 1 ano de serviço acabei ganhando o renome necessário para ganhar liderança sobre um pequeno time de investigação, que por sua vez era chefiado pelo próprio Sr. Hamsten. O engraçado que a figura dele não era o típico chefe de departamento, sentado atrás de uma mesa de escritório o dia inteiro. Poucas vezes ele era visto na sede do OSSA, e diversas vezes ele deixava um encarregado de passar instruções para o time de investigação. Mas por muitas vezes ele participou de perícias, investigações, depoimentos e interrogatórios, e eu que achava bom me sentia uma criança inexperiente perto dele...
Porém, várias vezes á noite, quando era uma noite calma, o que não era difícil de acontecer no OSSA, ele me ensinava muito. Fizemos treinamentos para memória, fixação de detalhes, raciocínio instantâneo, entre outros. Outras vezes, ele me fazia passar horas treinando com armas e pedia para realizar checagens no serviço dos legistas.
Em menos de 2 anos, eu acabei virando, por incrível que pareça, uma espécie de “braço direito” do Sr. Hamsten naquela sede da OSSa, e a cada dia novas coisas eram ensinadas a mim. Até aí nesse momento eu já havia me afastado de 50% da minha vida, falando em termos de família e relacionamentos. Por vezes eu me pegava pensando em ligar para minha mãe, ou irmãos, mas sempre eu pensava: ‘Isso pode esperar mais’.
Numa noite de fevereiro, o Sr. Hamsten nos deixara encarregados de analizar sobre um fato ocorrido nas redondezas da capital. De acordo com ele, cinco corpos estranhos haviam sido encontrados por lá por um fazendeiro, e era necessário analisar o fato antes do conhecimento público geral. Eu queria questionar o porque do cuidado, mas ele sempre me dizia: ‘Você vai saber em breve... Aliás, você está mais próximo da verdade do que imagina...’
Realmente eram corpos estranhos... Cinco homens desfigurados com braços e pernas longos e finos, com presas grandes. Eles se encontravam num local realmente afastado, uma espécie de clareira. Estavam totalmente fuzilados, com inúmeras escoriações e ferimentos profundos. Era um caso muito interessante, mas acabou se tornando meio trágico...
Enquanto colegas meus descarregavam os equipamentos para recolher o material, 4 homens os abordaram, abatidos rapidamente com um tiro em cada, e tiros bem dados por sinal. Quando dei-me conta dos disparos, outros 4 nos abordaram na clareira. Foi uma cena horrível: cada um dos meus colegas foi mordido. Dava para ver o medo restante nos olhos de cada um, antes que se fechassem...
Eu fui rendido, deixando de joelhos, com uma arma apontada na cabeça. Um deles se aproximou, e com um longo suspiro, falou as últimas palavras das quais me lembro de certo...
 - Ahhhhhhhhh! Krauser não é? Ah finalmente o último deles! Sabe, vocês foram uma pedra no meu sapato, seu mortal insignificante! Até você, o mais covarde de todos, acabou me ferrando em muitos dos meus negócios! Desde quando você é policial bonzinho, ahn?! Ah não me interessa! Olha só... Aqui termina pra você...
Foi então que o ‘reforço’ do Sr. Hamsten chegou, e inclusive o próprio Hamsten. Por causa do susto da chegada do resto do time de investigação, aqueles desgraçados acabaram saindo nas pressas, mas não sem que o aparente líder me desse um tiro certeiro no peito.
Aí foi que o giro da ‘roda mundial’ começou pra mim. Juro que a última coisa que me lembro é o sr. Hamsten chegando, e dizendo: ‘É mais do que na hora de você saber a verdade, meu amigo...’. Acabei acordando num quarto fechado, aparentemente dentro de um enorme prédio. Um quarto sem janelas, escuro. A partir dali eu já estava sentindo todas as mudanças que o ‘dom’ que o sr. Hamsten havia me passado.
De imediato ele começou me explicando onde estávamos. Aí, era a real sede da OSSA, porém uma sede bem diferente daquela onde eu estava trabalhando antes do ocorrido. Explicou-me que ali realmente estava a inteligência da OSSA, e que um dia eu deveria, cedo ou tarde, estar ali. Assim, passamos duas semanas me explicando tudo que eu era agora, por que de muitas coisas da própria OSSA. Acabei descobrindo que a OSSA já foi interligada fixamente com o governo, e que não era apenas a OSSA que tinha membros da sociedade vampírica. Porém, o maior problema era até onde as influências iam: parte do governo era de influência da Camarilla, outra Sabá. E era assim na tal ‘máfia alemã’, e em várias outras facções sociais. Na verdade, em termos de sociedade vampírica, a bangunça parecia maior do que eu podia imaginar.
E a OSSA? Na verdade ela era um aglomerado de raças. Por incrível que pareça ela conseguiu se manter mais unida por ser a OSSA do que por ser Camarilla ou Sabá. Nela, acabei conhecendo Tedson, que mais tarde acabou se tornando meu braço e perna dentro da OSSA. Um bom agente, fiel e firme em serviço, e que merece tanta consideração quanto qualquer agente da OSSA.
Então foi mais um ano de treinamento e conversas. O estranho que eu demorei muito para perguntar o porque de tudo... Acabei descobrindo que os melhores agentes da OSSA são interligados, ou senão membros da sociedade vampírica, inclusive Sr. Hamsten, meu mentor...
Porém o Sr. Hamsten nunca me obrigou a ficar fechado na OSSA. Eu devo serviços a eles, e sempre mantenho contato, mas o melhor dessa pós-vida é a questão de ‘liberdade’. Mas uma coisa eu confesso: é muito bom poder trabalhar para a organização, porém o maior problema é que sempre estamos no meio termo: pode acontecer o que aconteceu comigo antes da transformação a qualquer um da OSSA...
Não sei a certo sobre o que ocorreu com minha ‘existência mortal’. O Major Hamsten diz ter cuidado dela, o que fez com que eu me concentrasse avidamente no meu papel dentro da OSSA. Anos se passaram, e dia após dia, treino após treino, recebi o título de Tenente. Eu sabia que essa facção da OSSA era comandada pelo Major, e sendo assim, ele me chamava de ‘herdeiro do legado’.
Fui treinado e mantido para ser o ‘homem de confiança’ dele, e digo que isso me agrada. Sinto que é aqui onde eu ganho aquilo que tanto queria: reconhecimento. Nesse tempo de trabalho na Organização,vi a mesma sofrer inúmeras mudanças... Cada dia mais, a OSSA se torna independente de Camarilla ou Sabá, ainda mais depois dos conflitos relacionados ao antigo príncipe e sua queda, rumando a se tornar a OSSC (Organização de Serviço Secreto Cainita). A OSSA já se tornou basicamente cainita, e sendo assim, poucos mortais são mantidos, e as facões que eram ligadas à departamentos do governo mortal já são extintas.
Hoje data 20 de Novembro de 2005... Exatamente 20 anos após meu ingresso na sede da OSSA comandada pelo Major Enghan Hamsten. E hoje, dá-se início a um dos assuntos que independem de Camarilla ou Sabá... Fui nomeado líder de uma equipe, com intuito de mover forças à favor de iniciar uma resolução  da crise que abala o mundo cainita.
Creio que nessa noite, inicia-se o teste... Esse vai definir duas coisas. Uma é o desenrolar dessa situação caótica em que vivemos... A outra, é se eu sou mesmo digno de ser um tenente, ou digno de uma cova bem profunda...”
 Kurt Wolfgang Von Krauser

Sunday, July 04, 2004

Trabalho interessante - Lado B do "pega pra capar"...

“Tudo bem... Lobisomens, vampiros mal encarados, lacaios fdps quebrando janelas, tiroteios, bazucadas, incêndios em parlamentos... Olha que situação... Tá ficando cada vez melhor...
Assim que nos dirigimos para prédio de posse da OSSA, que eu apelidei carinhosamente de ‘Sessão 14’, uma série de viaturas passou por nós... Tuco queria por que queria segui-las, e para não ocorrer mais coisas ruins, pedi para Tedson ir com ele...
Dentro do carro, discussões, brigas, dedo nos olhos... De raiva eu parei o carro em uma rua, esperando o silêncio... E bem chateado o senhor Hamsten saiu do carro e pediu um veículo próprio... E eu nem discuti...
Bom, assim que chegamos, pedi para que fossem reunidos os agentes que até agora me ajudaram nessa questão... O bom é que são todos de tão bom grado em seu serviço... De repente acho que não dou o valor que eles merecem...
Assim que ligo para Tedson para ver o que havia acontecido, ele me diz que o Abrantes estava na cidade... Acabava de chegar...Maravilha, ahn? Agora eu posso ter uma conversinha boa com ele...
Pedi para que marcassem um encontro para ele na boate do Setita, e depois íamos leva-lo ao “local da conversa”... E assim deixei a recém chegada Alexandra, Hamsten (que chegou mais tarde, antes da minha saída) e Victor no prédio, que tinha fachada de Agência de Viagens...
Bom... Eu, Tedson e Tuco buscamos o Setita e o levamos ao meu apartamento... Antes que houvesse reação ao entrar no apê, deixei minha .45 na mira e fui perguntando sobre tudo... Esquemas nos quais ele tava preso, a mestra dele, vazamento de informação, entre outros... Mas o fdp é mais estourado do que o espanhol... Isso me deixou fora do sério... E acabou resultando em dois balaços... Um em cada perna dele... Bom, fiquei sabendo da ‘lavagem cerebral’ que a mestra dele recebeu... Fiquei sabendo que os Tremere sabem muito bem que há pessoas afim do sangue fodão... E outras baboseiras... Mas como eu disse: além de não dizer, ele não fica calado, ou seja: discussão, dedo no olho, balaço... Setita safado!
Mas eu não ia deixar ele sair dali sabendo que a gente desconfia dele, que sabemos das ligações, etc etc... Com um pouco de persuasão e Dominação, eu remontei uma boa parte de lembranças... Agora ele acha que simplesmente ele foi atacado na rua por um dos Tremeres, e que as informações foram passadas por livre e espontânea vontade...
Assim que se resolveu no meu apartamento (leia-se: depois que chamei a ambulância pro porteiro o qual o Tuco quase quebrou o pescoço e deixou aquela marca linda de cuturno sujo), fomos até o prédio da Agência de Viagens, e lá, conversei bastante com a Alexandra... Ela é uma moça interessante... Ta bom, ela se garante demais... Acha-se muito (com aquele par de seios e bonita daquele jeito... Uff... Até eu...), mas ela é bastante interessada no que ta fazendo... Na verdade o pouco que sei ela também tem o dom de premonição, e creio que, assim como o Sr. Sabazio, ela também esteja preocupada com esse ponto da Gehenna... Então a ajuda dela é bem vinda sempre... Bom, voltando... Ela me disse ter bom acesso da biblioteca e influência sobre Tremeres... E acho isso interessante demais, para poder saber mais sobre a parte de dentro daquele necrotério e mais sobre os próprios vampiros ali inseridos... Várias idéias saíram da conversa entre nós, mas parece que não temos tempo...
E enquanto isso os agentes estavam chegando... Material importante, como fitas de vídeo, conversas, anotações... De tudo... Ótimo material que Tedson & Cia conseguiram... E a melhor notícia veio depois de Hamsten: eles formariam uma equipe que ficaria ao meu comando para a operação... São bons agentes, e por isso fico feliz...
Em pouco tempo Tedson conseguiu contato com Kowalski... Esse era outro que teria uma boa conversa comigo... Ficamos eu, Tedson e Tuco de tocaia na janela da frente, e antes, fechei as portas das salas onde havia reuniões para não haver alvoroço... E assim quando ele chegou, nos encaminhamos para uma sala vazia, e assim como foi com o Abrantes, foi com ele... Enfiação de dedo no olho, discussão, e pouca informação... Kowalski é um tipo de cara neurótico...Pouco confia na própria sombra (é com um Lasombra por perto nem deveria! Heheheheh... Piada sem graça...), e por isso fica calado sempre olhando de lado... Ele dizia que trabalhava para dois lados porque havia alguém que queria a sua cabeça, e não sabia quem era... E achava que era um de nós...
Estranho como ele achou que era um de nós, e não um do tal de Wesley, que descobriram que é um dos contatos que pede serviço para ele... Neurótico e doido...
No fim de tudo, ele saiu pisando duro, quase levantando as Desert Eagles que ele carrega e mirando em nós... Provavelmente ele ia rasgar o bico pra Caim e o mundo, aém de colocar o próprio traseiro e o do resto no fogo... Daí Tedson perguntou: “Vai deixar assim?...” Tuco olhou firme para mim, e aproveitando o machado que havia descolado no meu prédio, fez um belo serviço de “corte de cabelo” no rapaz... Cada dia esse espanhol mostra ser bom no que faz... Olha, até doeu uma morte tão desnecessária, ou melhor... Que podia ter sido evitada... Mas passou rápido...
Voltamos à reunião, e especulamos os planos possíveis... E depois de muita discussão ficou acertado: Alexandra usaria os contados na biblioteca para saber mais e mais sobre o local e seus hóspedes. Tuco, Tedson e o resto dos operacionais vão organizar as táticas e equipamentos, e a missão “ambulância kamikaze”, que seria aproveitar o esquema de “entrada de hóspedes ilegais” nesse IML através das ambulâncias e arrumar uma e infiltrar lá, com o intuito de explodi-la... Enquanto isso, eu e Abrantes iríamos me infiltrar nesse necrotério, com outro nome, e outras roupas... Assim eu poderia esquematiza-lo para melhor agir...
Assim que saí para resolver o novo corte de cabelo, barba e roupas, que por incrível que pareça foram resolvidos lá na Emitrap (o Setita tem uma boa empregada... Verdadeira faz tudo...), Alexandra me liga, dizendo que havia um Tremere indo para o ateliê dela, e que queria que eu fosse para lá... Tuco me liga logo depois, dizendo que precisava de um lugar pra passar o dia, e aproveitei pra chamar ele como ajuda... Abrantes, depois de me encher pra contar o que era a ligação, resolveu que se conseguíssemos viciar o Tremere fdp, poderíamos ter acesso garantido a muito do IML... Acabei concordando... Mas vi que o Setita é realmente doido...
Chegando lá, combinei com ela que subiria rapidamente... Mas resolvi esperar um pouco, pois o plano do Pedro era fazer com que Alexandra distraísse efetivamente o rapaz, afim de que o setita colocasse uma droga altamente ativa na vitae dele e assim viciasse ele (não me pergunte como ele faz isso... Eu já vi ele colocar pessoas em movimentos compulsórios, que ele também tem de vez em quando...), e assim ele seria um trunfo na nossa mão...
Talvez eu tenha errado em esperar 3 minutos para entrar no ateliê... Chegando lá, parece que a coisa já havia passado bem além do que precisava... Ambos Alexandra e Tremere pelados, fazendo “você-sabe-bem-o-que”... O Abrantes entrou devagar no apartamento e fez com que o Tremere ter uma compulsão em manter o “movimento inicial”. Bom, assim eu entrei furtivamente e, aproveitando que estavam sem me ver, arranquei o safado de cima dela, e com uma seringa cheia da hyperdroga do Setita, deixei ele no mínimo em quase overdose (se não já nela). O difícil é que antes que a droga fizesse efeito, o fdp entrou em frenesi, e partiu para cima do Setita. Quando os dois passaram por mim, eu derrubei o Tremere, e pedi ajuda do Tuco para imobiliza-lo...
Devo dizer aqui que, por um momento, pensei que Tuco iria imobilizar o “viril compulsório” sentando por cima dele ao chão... Por sorte (dele e/ou do Tremere... Ou não...) ele hesitou e recuou, dando uma prensa no rosto do infeliz no chão... Com um chute na cabeça que eu dei nele o cara apagou...
Depois de uns 30 minutos, ele acordou, sobre muito efeito ainda das drogas, da pancada na cabeça, e o chute nas partes que Tuco o presentiou depois que apagou... E aí o interrogatório se iniciou... Descobrimos que apenas os neófitos (mas creio que outros mais tenham) têm acesso à biblioteca, através de uma jóia que os identifica... O próximo asso seria pegar a tal pedra que pertence a esse rapaz e dar à Alexandra... Porém já estava quase de manhã... As conversas e esquemas tomaram mais tempo do que eu imaginava...
Alexandra me levou, junto com Abrantes para achar os responsáveis pelo processo que em colocaria dentro do IML, enquanto Tuco foi para meu apê, e ali ele administraria doses graduais da droga no Tremere, para que ele ficasse realmente viciado ao tempo...
Eu e Abrantes fomos parar dentro do IML, e de lá disse para Alexandra ir até ao meu apê, já que lá seria mais seguro em qualquer caso ( que já estava combinado antes de sairmos...).
Agora parece que tudo vai andar nos eixos, já que a noite rendeu muito... Ainda tem coisa que só alguns sabem... Um exemplo é que Alexandra realmente teme que haja algo de errado com Hamsten... O silêncio... Desconfiança...Olha, por tempos ignoro o fato de que ele reuniu um grupo de vampiros não soldados para tomar parte nessa missão... Creio que há algo de muito importante nesse sangue, e tenho medo de que os traseiros desses que ajudaram até agora sejam comprometidos com assuntos que até eu desconheça... Por vezes eu falei essa noite: “Não vou deixar ninguém pagar caro por besteira de outros aqui...”. Espero que isso não acabe valendo pro Sr. Hamsten...”

Sunday, June 27, 2004

Trabalho interessante...

“Dia 21... Mais uma noite... Sinceramente não esperava muito, porque a cada reunião que ra marcada, o meu medo só era de que os membros dessa história ficassem cada vez mais dispersos... mas Hamsten queria a reunião... Então vamos à ela... Apesar de que eu acho que cada vez as reuniões perdem sentido... Será que todos alí sabem mesmo o que está para vir? Será que eles realmente se preocupam em evitar essa maldita Gehenna?
Depois de acordar, momentos depois de me arrumar, Tuco faz uma ligação, dizendo que gostaria de trocar uma palavrinha comigo e com Hamsten. Eu já estava preocupado com a situação dele depois da misteriosa ligação na noite passada, então não tive nada a acrescentar. Apenas concordei. Mas antes de sair, liguei para Tedson, pedindo que ele ficasse de olho no Setita, e se o achasse, pegasse o safado boca frouxa e o levasse até nós. Caso não o encontrasse em duas horas, deveria nos encontrar na reunião Devo muito ao Tedson... Não só a ele, mas a toda a equipe... Nunca vi tanto bom grado e esforço por parte de uma organização como a OSSA e seus componentes... Todas as informações que Tedson e o resto do time andam recolhendo são de muito bom tralbalho...
Logo nos colocamos à caminho de encontrar Tuco, e assim que pudemos conversar, ficamos sabendo da aventura com os neonazistas; Nossa que beleza... Bando de branquelos carecas ligados a um vampiro... E ainda por cima... Cainitas neonazistas...Caçando nosferatus nas ruas... Será que esse povo anda desenvolvendo demência?
Bom, logo após a conversa, Tuco recolheu seus pertences e fomos ao encontro do resto do pessoal... Ao que parece, Hamsten havia pedido uma mudança de local da reunião para um motel, onde ele havia separado um salão, com certeza propriamente preparado para ela. Avisei logo o Sr. Sabazio, e nos dirigimos ao hotel. Chegando lá, recebi uma ligação importante dos rapazes responsáveis pelos grampos telefônicos: não é que o vagabundo do César era uma espécie de agente duplo!? Maravilha! Além de um pseudo espanhol metido à traidor, havia um outro tentando dar uma de James Bond? Olha que lindo!
Não pensei duas vezes e coloquei Hamsten para falar como rapaz. Nesse meio tempo, coloquei Tuco em dia sobre a ligação. ‘Por que isso?’ pergunta... Ora... Ele é um dos mais prestativos em relação a essa missão, e creio que ele saiba que com informação vazando solta, nossos traseiros cainitas dependem muito de resolver essa pendenga logo... E tem mais: ele é um dos únicos com o intuito de salvar a pele dessa Gehenna... Ele sabe que nosso sucesso é uma boa chance pra evitar isso... Então o considero para isso...Porém gostaria de falar com Sr. Sabazio sobre isso... mas não agora...
Com minha ajuda, Tuco se preparou para receber nosso amigo ‘agente’. Escondemos uma calibre 12 debaixo da mesa, e assim tendo qualquer coisa poderíamos dar cabo dele. Em pouco tempo o resto do pessoal chegava, e assim a reunião se iniciava. Em dez minutos de conversa, César já pedia licença da reunião... Suspeito? E muito! Não perdi tempo, e forjando uma ligação ao meu celular com a ajuda de Ramirez, logo saí atrás do safado.
Tenho quase certeza de que ele notou que ágüem o seguia, e então resolvi colocar um outro agente na cola dele...Assim que ele chegou em Midigard, passei as instruções ao agente, e logo segui de volta para o motel onde a renião seguia, mas não sem antes ligar para Tedson para saber do setita maldito. Atende Tedson! Nada... Liguei para Hamsten para ter alguma notícia... E nada... O que está acontecendo? Tento contactar Tuco, e depois de longa demora, ele me atende, com uma bela sinfonia de gritos e tiros ao fundo... Òtimo!
Rapidamente tento me dirigir de volta ao motel, e ao mesmo tempo pedindo uma força de apoio da OSSA para ajudar quem estava no local... Mas chegando lá, a polícia já estava toda no local... Aproveitando um pouco do tempo de detetive e um pouco de esperteza, acabei batendo carteira na cara dos policiais, e assim recolher o que preciso pra saber quem foi o resposável...
Entrando no local de reunião, acho aquela cena de filme de ação... Cápsulas de bala, corpos, e sangue... Por sorte nenhum corpo conhecido... Ou não... Bom, os que estavam lá pareciam policiais da SWAT, e um deles com um sério traumatismo craniano. Parece que Tuco anda muito bom com luta... Eles estavam vestidos com equipamento digno de qualquer tropa de assalto policial... Após interter um pouco o pessoal da perícia, e tirar o tenente da operação do meu encalço, consegui com a ajuda de um capacete recolher as digitais dos mortos. Assim acabo descobrindo um pouco deles...
Ainda recolhi duas pistolas USP .45, e alguns pentes. Depois de olhar um pouco a cena, acabo por encontrar Sabazio, mais perdido do que cego em tiroteiro. Ele dizia procurar Filtz, e assim pedi que ele me esperasse lá de fora e ligasse para ele, enquanto eu olhava o prédio. Bom, nada no prédio a não ser policiais mal encarados...
Assim que volto, vejo um dos policiais tentando interrogar o malkaviano...Que bom hein? Mas com um pequeno ‘truque’, ele acaba esquecendo o que estava fazendo, e quem era o rapaz... [Ainda mais com a frase: ‘Ce ta pegando telefone de repórter? Ficou bobo? Volta lá pra dentro e começa o relatório pro tenente antes que ele acabe por tirar seu distintivo! ‘
Ahhh... De vez em quando eu adoro meu serviço...
Bom, após de me livrar do policial, ligo para Tuco, pedindo a localização deles... Assim os encontro em um beco perto do prédio, onde os nobres haviam feito uma escala para o bueiro... Assim que verifico todos, acabo por ver outros dois cainitas presentes... Um homem que eu nem faço idéia de quem seja, e uma bela senhorita, que foi me apresentada como Alexandra... Uhmn... Que será que esses dois estavam fazendo por aqui? Tedson estava ferido, mas nada de muito grave. No resto, estavam todos bem... Mas a pergunta não se calava: como sabiam da reunião? Isso ta ficando cada vez mais perigoso... E interessante...
A brigada que eu havia pedido não chegou à tempo, mas foi útil ainda... Pedi para que levassem o capacete para a OSSA e analisassem todas as digitais... É melhor saber até onde as informações que eu consegui vão ajudar a safar nossa pele e descobrir quem foi o FDP que resolveu apagar todo mundo.
Bom, enquanto era decidido para onde deveriam ir os ali presentes, um verdadeiro tiroteio se reiniciou no motel, digno de palco de guerra, com direito a metralhadoras, fuzis e bazucas... É a coisa ta ficando muito complicada... Mas que inferno é esse? Olhando de relance, parecia que o alvo da polícia estava dentro do prédio, mas dali do fim do beco eu não poderia enxergar. Nisso, eu estava falando com Franklin, que havia saído com seu carro para procurar por Filtz, mas não sem antes ganhar de presente uma das pistoas que eu havia ‘achado’. Parecia que ele havia encontrado o seu mentor, ou seja, menos uma preocupação. Assim que desliguei, resolvi investigar a arruaça. Usando da ofuscação, resolvi adentrar no prédio novamente, e assim que entro, vejo um rapaz estranho, com chapéu, uma baita garrucha nas costas e uma bela metranca... E resolvi seguí-lo...
Vários lances de escadas se seguem, e assim que chegamos ao andar onde ele pretendia entrar em um dos quartos, resolvi chamar a atenção do safado e conhecer seu rosto, para mais tarde reconhece-lo nos pcs da OSSA. E não é que o desgraçado desconfiava que tinha alguém o seguindo? Mesmo que INVISÍVEL!? Deu pra ver logo de início que não era humano... Assim que ele começou a fungar demais, e pêlos começaram a crescer nele, foi só uma questão de esperar ele chegar mais perto para que o tiro fosse realmente certeiro. Um tiro no meio da testa e ele estava morto.
Eu o teria analisado, se não fosse os uivos que seguiram logo após o meu tiro... Só ouve tempo de recolher a metranca dele e sair para a fuga. Com sorte, eu vou poder descobrir um pouco mais sobre o que ocorreu sabendo quem era o saco de pulga!
Voltando aos carros, conto sobre o que estava havendo e sugeri a retirada. E fica acertado de que todos iríamos para uma construção de posse da OSSA, um refúgio afim de evitar novos atentados.
Tudo bem... Agora eu fico preocupado... Neonazistas, lupinos, cainitas pró Gehenna...Tudo de bom e do melhor do mundo querendo avacalhar! Acho que tudo ta começando a fiar complicado... Antes de tudo, devemos resolver como pegar esse sangue maldito... Ou seja? Planejar logo essa invasão e terminar esse primeiro problema...
Olha, tremeres já foram mais problemas... Agora é o menor... Seja lá como for, o sangue deve ser pego, não é? Então hora de fazer isso... Aliás...A hora já passou...
É como eu disse... De vem em quando eu adoro meu trabalho...”

Sunday, June 20, 2004

Nada como uma noite após a outra...

"Finalmente a noite começa... Depois de horas e horas analisando estratégias, mapas e identificações de vampiros mal encarados, finalmente vamos colocar "mais mão na massa", digamos assim...
Assim que terminei as investigações, falei com o Tuco, e marcamos um encontro... E logo em seguida Franklin liga, dizendo que queria uma reunião em sua casa...
Bom, após algumas ligações, parti para encontrar com Tuco na casa dele... Estranho, mas mesmo com aquela "presença maligna" dele, parece que a gente anda se acertando... Não sei se é porque ambos pensamos mais diretamente do que ficar preocupando com jogadas políticas, mas parece que problemas um com o outro não teremos...
Analizamos estratégias, inclusive o plano "ataque licantropo kamikaze"... A idéia é louca, ousada, com pouca chance de sucesso... E por que não?
Então, para finalizar, separamos uma lista seleta de materiais para uma bela invasão... Com direito a C4 e tudo mais... Aramento com abalas de prata, boas pistolas e rmas de grosso calibre... Tudo ao velho estilo "Atire e depois pense"... Pode dar dor de cabeça... Mas antes "vivo" e podendo resolver depois do que morto sem fazer nada antes...
Talvez o pior tenha vindo antes da reunião na casa do Sabazio: informações das ações do nosso grupo estavam vazando... E adivinha quem era o informante? Abrantes...
Por que ele faria isso? Não sei... Quem sabe ele esteja apenas trabalhando para quem o paga melhor... Se ele pensasse melhor veria que o que temos aqui é bem mais que jogo de interesses, mas ele só vê cigarros, mulheres e outras drogas...
A reunião foi tranqüila, cheia de idéias... Algumas boas... Outras bem dispensáveis... Os únicos que sabem sobre Abrantes são Tuco e Tedson... Este último, na companhia de mais dois bons agentes da OSSA, colocaram em prática uma parte importante do "Plano B" traçado por mim e Tuco: eles instalaram câmeras e ficaram de vigia no necrotério... Até agora tudo normal, a não ser o movimento incomum para uma terça feira até calma...
Ao fim da reunião, voltei para a Academia... Lá pude conversar um pouco com o Sr. Hamsten... Antes de sair pela primeira vez na noite ele já havia me ligado, com um tom preocupado na voz... Pelo jeito ele já esperava que o Setita não fosse muito confiável, mas ainda deposita muito valor no grupo que ali formara... Ele confia um valor enorme em mim... O que me orgulha demais... Imagina o valor de um pai... É o que ele tem para mim...
Com a ajuda do meu mentor, consegui todo equipamento necessário para o "Plano B"... Claro... Não quero tentá-lo sem um plano mais "diplomático" antes... Estranho que o Abrantes teme demais um plano mais militar... Creio eu que o rabo dele deve estar preso até às entranhas com esse tal de Vincenzo...
Bom... No geral a noite foi até proveitosa... Mas tenho medo de que o Pedro acabe com a missão antes que eu possa fazer qualquer coisa... Na verdade eu não hesitaria em eliminá-lo logo, mesmo que na sala de Franklin, se não fosse muito apressado de minha parte...
Resolvi esperar um pouco e ver até onde ele vai com essa bagunça...
A única coisa estranha na noite foi quando Tuco ligou, falando que teve problemas e que estava em outro lugar, sediado por nosferatus... Será que ele teve problemas muito sérios? Espero que não... Mas resolveremos assim que possível...
Afinal... Não há melhor informante que o próprio tempo nesse caso... Estaremos de olho..."

A Primeira Impressão...

"Parece que finalmente vamos ter um pouco de trabalho aqui...
Me pareceu até 'diferente' a idéia que o senhor Hamsten teve, mas ele é sábio, e creio que tem a melhor das idéias trabalhando assim...
A situação com a qual vamos trabalhar é interessante, e o contexto é mais abrangente do que eu imaginei. Com certeza vai ser bem diferente dos serviços que eu tinha já prestado.
Na verdade o mais intrigante são os companheiros do 'time' por assim dizer... Não digo pela variedade de clãs, já que na OSSA a variedade sempre foi o pilar...
O Pedro é o mais singular entre eles... O mais interessante é que ele é o tipo de louco carismático, e pode não parecer mas isso pode ser interessante...
Tem também aquele Malkavian... Sabazio... Ele parece ter um interesse especial, que combina com os interesses do Sr. Hamnsten... Talvez nele tenhamos bases mais intelectuais e mais 'ocultas'...
Aquele Brujah, o Ramirez... Ex-caçador... Sujeito perigoso... O mais estranho nele é o desconforto inexplicável que eu senti perto dele, mas isso eu aprendo a burlar com o tempo... Mas ele não propôs problema para cooperar... Será de boa ajuda...
E tem o Kowalski... Ele é caladão, talvez meio atirado... Mas parece outro perigoso... E tem contatos... Dono de um cassino bom, recursos financeiros ele pode ter aos montes...
Até agora tudo andou bem... Apesar das controvérsias, tudo ainda tá no começo, então é melhor ficar de olho... É o melhor que eu posso fazer...
Tudo se resumiu em recrutar o pessoal. Por sorte todos cooperaram para inicar em dois dias o que seria a primeira missão: pegar de maneira amistosa ou não um sangue de ancião, que está com um tal de Mastroiani... Bom temos um plano A: Pedro, que tem contado com esse indivíduo vai tentar da maneira saudável... Caso falhe, plano B: a maneira não saudável... Essa é rápida.. Mas creio que vai ser a problemática...
Vamos ver no que dá... Já tenho informãção e estou bolando estratégia... Despreprado não estaremos... Agora é esperar...'